quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Em busca da verdade 1
A razão deve ser usada como ferramenta de tortura para extrair do mundo que nos circunda a verdade.
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Natureza Humana
Humanos são ruins por natureza. Você vê a realidade dessa afirmação quando tem a chance de observar sua própria família interagindo, de um ângulo imparcial. É difícil, porque você também faz parte do caos, mas tente. Distancie-se, enquanto membro daquela família, do que acontece na sala de estar e observe.
Há sempre utensílios que devem ser levados para a cozinha. Copos, às vezes pratos, enfim, objetos que foram levados para a sala de estar que devem ser devolvidos ao seu hábitat natural, a cozinha.
Espera-se então o momento em que alguém irá levantar-se por vontade própria para fazer algo, ir ao banheiro, pegar algo mais para beber ou comer na cozinha, e todos que tiverem objetos para devolver pedirão, invariavelmente, que esta pessoa leve-os para a cozinha. E é neste exato momento, no pedido, que você pode observar a reação típica de um ser humano quando um favor lhe é pedido. Porque não há mais intimidade do que há naquela sala, são pessoas que convivem desde que nasceram, pais, filhos, irmãos, e não há motivo para ser agradável a não ser que esse seja o seu modo de proceder natural, que obviamente não é. Não é o modo natural de ninguém. Voltando, você pede então à sua irmã que leve seu copo para a cozinha. Você já perguntou se ela estava indo para a cozinha, e ela disse que sim, então você faz esse pequeno pedido. E a reação facial dela mostra a verdadeira natureza humana. Ela olha para você com raiva, quase com um cansaço, irritadíssima, provavelmente pensando algum palavrão exagerado para a ocasião.
Como essa dinâmica tende a ocorrer regularmente nas famílias, você vê as pessoas também mentindo e saindo de seu caminho com o único propósito de NÃO levar o SEU copo para a cozinha. Minha irmã já respondeu muitas vezes que não estava indo à cozinha só para não ter que levar algo que eu usei de volta. Ela então segue para seu quarto, mesmo não sendo esta sua intenção, somente para evitar um pequeno favor para alguém que ela gosta e que ela sabe que gosta dela, também. Ela nunca me disse isso, mas eu tenho certeza que isso já aconteceu, e mais de uma vez. Eu sei disso porque faço o mesmo.
Talvez seja um meio de punição por toda a irritabilidade que o convívio íntimo causa. Talvez subconscientemente eu esteja pensando “já tenho que olhar sua calcinha pendurada na torneira do chuveiro durante o banho, então não levarei seu copo, obrigada.”
Há sempre utensílios que devem ser levados para a cozinha. Copos, às vezes pratos, enfim, objetos que foram levados para a sala de estar que devem ser devolvidos ao seu hábitat natural, a cozinha.
Espera-se então o momento em que alguém irá levantar-se por vontade própria para fazer algo, ir ao banheiro, pegar algo mais para beber ou comer na cozinha, e todos que tiverem objetos para devolver pedirão, invariavelmente, que esta pessoa leve-os para a cozinha. E é neste exato momento, no pedido, que você pode observar a reação típica de um ser humano quando um favor lhe é pedido. Porque não há mais intimidade do que há naquela sala, são pessoas que convivem desde que nasceram, pais, filhos, irmãos, e não há motivo para ser agradável a não ser que esse seja o seu modo de proceder natural, que obviamente não é. Não é o modo natural de ninguém. Voltando, você pede então à sua irmã que leve seu copo para a cozinha. Você já perguntou se ela estava indo para a cozinha, e ela disse que sim, então você faz esse pequeno pedido. E a reação facial dela mostra a verdadeira natureza humana. Ela olha para você com raiva, quase com um cansaço, irritadíssima, provavelmente pensando algum palavrão exagerado para a ocasião.
Como essa dinâmica tende a ocorrer regularmente nas famílias, você vê as pessoas também mentindo e saindo de seu caminho com o único propósito de NÃO levar o SEU copo para a cozinha. Minha irmã já respondeu muitas vezes que não estava indo à cozinha só para não ter que levar algo que eu usei de volta. Ela então segue para seu quarto, mesmo não sendo esta sua intenção, somente para evitar um pequeno favor para alguém que ela gosta e que ela sabe que gosta dela, também. Ela nunca me disse isso, mas eu tenho certeza que isso já aconteceu, e mais de uma vez. Eu sei disso porque faço o mesmo.
Talvez seja um meio de punição por toda a irritabilidade que o convívio íntimo causa. Talvez subconscientemente eu esteja pensando “já tenho que olhar sua calcinha pendurada na torneira do chuveiro durante o banho, então não levarei seu copo, obrigada.”
sábado, 15 de dezembro de 2007
Absurdos enrraigados
Outro dia vendo Fantástico na TV, fiz o seguinte comentário após os telespectadores do recinto onde me situava terem ficado impressionados ao saberem que os mexicanos cultuam a morte através de um ídolo em forma de caveira: Qual é a surpresa? Vocês cultuam um cara crucificado com uma coroa de espinhos na cabeça.
A resposta foi rápida como se fosse óbvia para todos: Você e suas teorias.
Isso me fez pensar que talvez a realidade seja "um conjunto de absurdos que se escolhe não questionar".
A resposta foi rápida como se fosse óbvia para todos: Você e suas teorias.
Isso me fez pensar que talvez a realidade seja "um conjunto de absurdos que se escolhe não questionar".
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